Quando vamos fazer uma apresentação, uma palestra, ou mesmo quando estamos em uma conversa informal com alguém, podemos observar que muitas pessoas gostam mais de falar do que ouvir, e também há pessoas que preferem o silêncio.
Quando sabemos ou entendemos com alguma profundidade algum assunto, instintivamente temos o desejo de demonstrar este conhecimento. Tenho visto que alguns tendem a formular apresentações para um grupo de pessoas, o que é muito bom para disseminar o conhecimento, mas mesmo sem perceber, fazem uma palestra com excesso de informações e imagens tornando impossível que os participantes absorvam o que se está querendo demonstrar.
Isto acontece em alguns casos pela vontade de transmitir o conhecimento e se perde na dosagem. Outros por fazer a apresentação para mostrar o que ele sabe e não exatamente pensando na passagem do conhecimento. Isto é ego e vaidade, ou no mínimo insegurança. Quando se busca a glória ou reconhecimento pessoal estamos perdendo uma ótima oportunidade de realmente sermos úteis aos nossos semelhantes. Todos que assistem a estas apresentações acabam elogiando, mas armazenando e absorvendo pouco do que foi explanado. Isto não é útil.
Cada um de nós deveria fazer uma crítica construtiva do que assistimos e ver se foi útil ou complexo em seu entendimento. Cada um de nós quando fazemos uma apresentação deveríamos ter a preocupação de produzir este conteúdo para a plateia e não para nós. Os itens devem estar em uma sequência lógica e objetiva unindo os subtemas de forma a ter uma unidade de entendimento, uma didática impecável, desta forma pode–se até colocar maior conteúdo sem o risco da falta de compreensão. Ao assistir uma apresentação temos que medir o resultado final.
A apresentação deve estar bem estruturada em pelo menos três fases como a apresentação inicial dizendo o que vai ser discutido, o desenvolvimento do tema sequenciado logicamente e um fechamento contendo não só uma conclusão, mas também um rápido resumo do que foi visto, pois o que os participantes mais absorverão será o que foi dito nos primeiros e nos últimos dez minutos.
Isto serve para tudo em nossa vida, seja em uma reunião de negócios ou profissional, seja em trabalhos escritos de qualquer natureza, seja em algum tipo de conversa mais séria. A maneira de falarmos e de ouvirmos também é muito importante, pois grande parte do que se fala depende de como falamos e não só de quanto falamos. Ao ouvir, devemos prestar muita atenção em nosso interlocutor. Ninguém gosta de falar e quem nos ouve estar distraído.
Ou seja, devemos medir e nos preocuparmos com nossa comunicação, que não seja por ego, vaidade ou simples desconhecimento, mas que seja para passarmos conhecimento útil e ouvirmos com isenção de caráter nosso interlocutor.