Ler AO SOL, NO QUINTAL equivale a abrir as janelas do próprio quarto e observar, com olhos atentos, a paisagem de todos os dias mediada pela visão amplificadora com que a autora encara o mundo.
Angela transcende o aspecto superficial das coisas, ultrapassando a materialidade dos objetos e a aparente banalidade de determinados acontecimentos, para se revelar alguém que dá importância ao que há de efetivamente fundamental na existência humana: os movimentos de rotina, os movimentos corriqueiros que, juntos, formam o real inventário de nossos dias.
AO SOL, NO QUINTAL é uma grande homenagem à vida. Mas, atenção: durante a leitura, podemos passar a enxergar meros feixes de luz solar no quintal como pedaços de paraíso esparramados pelo mundo. (Tamlyn Ghannam da Veiga)